Modelo econômico que prioriza o agronegócio drena recursos públicos, reduz produção de alimentos e contribui para a fome no Brasil, aponta estudo

Agronegócio drena recursos públicos e reduz produção alimentar
Crédito: clickpetroleoegas.com.br

Resumo em tópicos

  • O setor emprega 3% da força de trabalho formal
  • O setor responde por menos de 1,5% da arrecadação tributária
  • O setor absorve 13,5% dos benefícios fiscais concedidos pelo Estado
  • O Plano Safra 2023/2024 destinou R$ 364 bilhões ao agronegócio
  • O Plano Safra 2023/2024 destinou R$ 71 bilhões à agricultura familiar
  • As contas externas somaram US$ 56 bilhões negativos em 2024

Um estudo recente, divulgado pelo portal O Joio e o Trigo, revela que o foco excessivo no agronegócio como motor econômico está levando a um esgotamento de fundos estatais, uma queda na geração de comestíveis e um agravamento da insegurança alimentar no país. Baseado na obra ‘O agro não é tech, o agro não é pop e muito menos tudo’ de 2021, a pesquisa expõe contrastes gritantes no apoio governamental, com o Plano Safra 2023/2024 destinando R$ 364 bilhões ao agronegócio contra apenas R$ 71 bilhões à agricultura familiar.

Impacto econômico e social do setor

O agronegócio, frequentemente celebrado como vital para a economia brasileira, apresenta uma contribuição limitada ao Produto Interno Bruto, representando apenas 7,9% do total. Além disso, emprega somente 3% da força de trabalho formal, indicando uma baixa capacidade de geração de empregos em comparação com outros segmentos. Na esfera tributária, responde por menos de 1,5% da arrecadação, o que sublinha uma participação modesta nos cofres públicos.

Desproporção nos benefícios fiscais

Apesar de sua parcela reduzida na economia, o setor absorve 13,5% dos benefícios fiscais concedidos pelo Estado. Essa disparidade sugere um desequilíbrio na distribuição de incentivos, onde um segmento com impacto econômico limitado recebe uma fatia significativa de apoio governamental. Tal cenário pode estar desviando recursos que poderiam ser direcionados a áreas com maior retorno social ou produtivo.

Alocação de recursos no Plano Safra

No ciclo agrícola 2023/2024, o Plano Safra destinou R$ 364 bilhões ao agronegócio, enquanto a agricultura familiar recebeu R$ 71 bilhões. Essa diferença abissal de financiamento evidencia uma priorização que pode não estar alinhada com as necessidades de segurança alimentar, dado que a agricultura familiar é crucial para a produção de alimentos básicos. A fonte não detalhou como esses valores se comparam a anos anteriores, mas a magnitude atual aponta para uma tendência de concentração de investimentos.

Consequências para as contas externas e fome

As contas externas somaram US$ 56 bilhões negativos em 2024, um indicador que pode estar relacionado a dependências econômicas ou desequilíbrios comerciais. Embora a fonte não especifique a conexão direta com o agronegócio, o contexto sugere que um modelo focado em exportações ou setores específicos pode contribuir para vulnerabilidades macroeconômicas. Isso, por sua vez, pode exacerbar a fome, ao reduzir a disponibilidade interna de alimentos em prol de commodities para o mercado externo.

Base do estudo e limitações

A publicação foi divulgada pelo portal O Joio e o Trigo, baseando-se no estudo ‘O agro não é tech, o agro não é pop e muito menos tudo’ de 2021. Essa fundação teórica oferece uma análise crítica, mas a fonte não detalhou metodologias ou atualizações recentes, limitando a compreensão de evoluções posteriores. É importante considerar que os dados podem refletir um momento específico, e novas pesquisas poderiam trazer insights adicionais.

Dúvidas frequentes

O que é o Plano Safra? É uma iniciativa governamental que define os recursos e políticas para o setor agrícola em cada ciclo.

Como o agronegócio afeta a fome? Ao priorizar culturas para exportação, pode reduzir a produção local de alimentos, impactando a segurança alimentar.

Quais são as alternativas? A fonte não detalhou, mas equilibrar investimentos entre agronegócio e agricultura familiar poderia mitigar problemas.

Em temas sensíveis como fome, é crucial abordar com empatia, lembrando que políticas públicas devem buscar o bem-estar coletivo.

Fonte

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